
O Movimento Oncológico Ginecológico (MOG) apresenta o projeto “Cicatrizes na Primeira Pessoa”, uma exposição fotográfica que transforma marcas de dor em símbolos de superação. Sob o olhar sensível de Miguel Valle de Figueiredo e Sandra Carmo, oito mulheres partilham os seus corpos e as suas histórias, revelando que cada cicatriz é mais do que um vestígio de batalha - é um testemunho de vida.
As fotografias, de uma beleza crua e desarmante, mostram corpos reais, sem retoques nem disfarces. O que antes foi sinal de sofrimento torna-se agora em narrativa visual de coragem e aceitação. Cada linha na pele é uma memória da tempestade, mas também uma celebração da força que emerge depois dela.

Fotografia: Miguel Valle de Figueiredo e Sandra Carmo
O projeto nasce com um propósito claro: quebrar o silêncio e os estigmas associados ao cancro ginecológico, convidando a sociedade a olhar as cicatrizes não como feridas, mas como afirmações de resistência. Mais do que uma exposição artística, trata-se de um manifesto pela autoestima, pela dignidade e pela valorização do corpo feminino em todas as suas formas.
A iniciativa da MOG é também uma homenagem à ciência que salva vidas e aos laços de solidariedade que se criam entre quem enfrenta a doença. Em cada retrato, há gratidão - pelos médicos, pelas equipas de apoio, pelas famílias e por todos os que transformam a dor em esperança.
“Cicatrizes na Primeira Pessoa” é, acima de tudo, um convite à reflexão: a olhar para as próprias marcas - visíveis ou invisíveis - com respeito e orgulho. Porque, como mostra este projeto, as cicatrizes não são um fim, mas o começo de um novo capítulo.
